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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Batendo na mesma tecla - mais uma vez

Nos blogs que sou dono e dos quais faço parte, sempre me  mostro contrário às atitudes do Poder Público (algumas) e da própria população. Acredito que a melhor forma de colocarmos um fim nas nossas mazelas, ou ao menos minimizá-las, é uma atuação conjunta das duas partes. Penso que nada adianta a Prefeitura, por exemplo, criar campanhas contra o combate ao lixo, pôr à disposição da população lixeiras, se as pessoas não reconhecem o esforço que é dispensado. Grande parte dos nossos problemas tem origem nas nossas práticas.

Mas vocês devem me perguntar: "Por que estás a falar disso agora, Jeferson?" Eu respondo!

Estava voltando da faculdade, numa noite meio chuvosa e intranquila, quando pego um ônibus lotado e cheio de estudantes, aqueles bem animadinhos, que falam alto e não se importam com os ouvidos dos outros, e uma garota carregando um copo com mingau senta ao meu lado. Pô, pensei: "É hoje!" rs . Ledo engano!

Olhando para aquele rostinho doce e angelical, nenhuma pessoa, NENHUMA MESMO, poderia esperar o que estava prestes a acontecer. A dita cuja termina com a sua "boquinha", começa a fazer movimentos rápidos com a cabeça, como se estive procurando algo, e percebo que ela procurava por uma lixeira no interior do coletivo. MAIS uma vez pensei: "Não, ela não vai fazer o que o estou prevendo".

Não deu outra! Como ela não achou o seu pote de ouro no fim do arco-íris, digo, a lixeira, jogou o copo pela janela.



Talvez alguns dirão que isso é de somenos importância, um plasticozinho na via pública não faz diferença. "Ah tá..senta lá, Cláudia", já dizia essa expressão popular. Outros dirão que estou mais pra um falso moralista e eco-chato. Que seja! As opiniões estão aí para serem aceitas e postas em debates.

Pois bem... a prática desta garota só reforça uma coisa: o povo é MAL EDUCADO. Que moral ela teria pra cobrar do Poder Público, no caso de uma enchente, onde o lixo dominasse sua casa, uma solução, uma melhoria?

A cultura da imundície já está arraigada em nossa sociedade, onde as pessoas, por mas que queiram, não conseguem livrar-se dela.  E nós jovens, como eu e como a personagem central deste post, temos um papel importante na mudança da urbe.


Que sejamos protagonistas dessa transformação e que passemos a dar um nova feição a esta cidade (falo de Belém ou qualquer outro município); não nos deixemos acomodar com as dificuldades do dia a dia. Pior do que presenciar práticas como a referida anteriormente, é se manter num estado de leniência e conivência.




Maus exemplos já temos aos monte no Congresso Nacional e nas nossas Câmaras também, que tal pormos a mão na massa ante o descaso de algumas autoridades constituídas?

Poderia criar uma campanha entorno desse debate, mas como não creio num grande alcance do Blog do Jeco, deixo mais um registro cheio de indignação.

Abraços fraternos!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fui no Ver-o-Peso e o que eu vi .. ..



Para os mal informados moradores de Belém, o maior símbolo da nossa cidade acaba de completar nada mais, nada menos que 384 anos de histórias. 384 anos que se confunde ao surgimento da própria cidade que tem 395.

Quando vi nos noticiários que a Prefeitura, juntamente com IPHAN, tem um projeto para a revitalização de todo aquele complexo, fiquei super feliz e quis ir lá prestigiar o evento à data comemorativa. Nem tudo saiu como eu queria! Me planejei durante a noite anterior, mas acabei acordando um pouco tarde e não cheguei a tempo de presenciar as Olimpíadas dos Feirantes (assim intitulada por eles), onde umas das modalidades esportivas era quem descascava uma mandioca mais rápido. Coisas parauaras mesmo! rs

Cheguei lá debaixo de uma chuvinha incoveniente e apressado para não perder nada, contudo percebi que boa parte da programação já tinha acabada, estando lá só um trio-elétrico com alguns figurões de nossa política (não sou baú e darei nome aos bois: governador Simão Jetene e senador Flexa Ribeiro, ambos do PSDB, entre outros que não recordo seus nomes), discursando e falando da importância cultural do Veropa e blá blá blá - os mesmos discursos de anos anteriores.

Para quem realmente sabe da importância do lugar, enxergar o Ver-o-Peso na situação em que se encontra hoje é de partir o coração. Estou sempre indo lá e sempre volto com um novo olhar, uma nova visão do ambiente que é a cara do povo paraense. 

Como boa parte dos pontos turísticos de Belém, o Ver-o-Peso padece de uma atenção diferenciada por parte dos poderes constituídos e da população em geral. Sempre o visito de peito aberto, deixando de lado os problemas existentes, seja no que concerne a grande quantidade de lixo espalhado pelo chão, seja pela falta de educação de algumas pessoas que frequentam e trabalham no local, MAS ontem eu senti vergonha de tudo o que eu vi. Apesar das críticas, devo dizer que fui de coração aberto para o novo, só não posso fechar os olhos para a realidade. Triste realidade!

Mesmo com a promessa de reestruturação do nosso Mercado, algumas melhorias não dependem exclusivamente de nossos governantes: a educação, por exemplo, que vem de casa é uma delas. Não se pode exigir um espaço público limpo e saudável   quando, no seu convívio particular, não se tem um pingo de consciência quanto a necessidade de manter um lugar limpo, livre de todo e qualquer tipo de imundície.

Outra coisa que percebi e que me deixou um tanto encabulado: não notei a presença de NENHUM veículo de comunicação, cobrindo os festejos. A "presença marcante" era só de alguns blogueiros que tiravam fotos com intuito de registrá-las em seus sítios virtuais.

Outra coisa que percebi e que me deixou pê da vida: havia um repórter/apresentador de um programa esdrúxulo (esses programetes comprados a "preço de banana" e com "alta qualidade" em seus conteúdos) achando graça de duas pessoas com deficiência mental. O que ele fez? Digo agora! Após entrevistar os figurões da nossa política, o tal profissional começou a incentivar um disputa de quem sujava a cara do outro com pedaços de bolo. Já não bastasse a condição idiotizada delas (sem preconceitos - assim são chamadas as pessoas com tais problemas), o repórter ainda teve a ousadia de gravar e debochar escancaradamente daquela situação. Pra ficar claro o que quero dizer, ele se valeu daquelas gracinhas do tipo "Vesgo & Silvio", onde eles expõem as pessoas ao ridículo, para argumentar que "assim são as pessoas do Ver-o-Peso".

Mentira! 

O que era pra ser algo festivo, acabou não sendo. Foi manchado por situações vergonhosas e que quero esquecer.

Uma observação: lembrei que o prefeito Duciomar Costa, representado pelo vereador Nadir Neves, foi homenageado com a Comenda "Amigo do Ver-o-Peso".
É pra rir ou pra chorar? 
Estão de brincadeira. Só pode ser!

Volto depois.
FUUUUUUUUUI.
@blogdojeco

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval é isso:

Este vídeo anda circulando pela Internet, causa polêmica e divide opiniões.

Assistam e depois expressem suas opiniões aqui nos Comentários.





Se você, folião, que acabou de chegar da sua micareta, assistiu o vídeo e não percebeu nada, "te digo-te pra ti": tu precisa de um banho de realidade. Analise bem o tipo de entretenimento que tu alimenta.

SÓ PARA CONSTAR: comungo da mesma opinião da apresentadora.

Bye!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Reforma Drástica

O final de semestre chegou ao fim com muitas alegrias e com um resquício de tristeza, pois passar um mês sem estudar, mas estudar de verdade, é de partir o coração e cansativo. Têm seus lados positivos, é verdade, um deles é que agora poderei ou tentarei desenvolver um post com mais consistência e entusiasmo. Vamos o que interessa!

Afinal, quem aí não gosta do que realmente é novo? Temos medo dele, não é? Como disse Dostoievski, “dar um novo passo, pronunciar uma nova palavra é o que as pessoas mais temem”. Mesmo nas coisas diminutas, a experiência com algo de novo não sem faz sem um certo receio. Acredito que isso seja inerente a qualquer pessoa e digo com uma certa convicção.
Por volta de 2005, passei a estudar numa escola um pouco mais distante de casa. Iniciei em começos de janeiro e lá permaneci até ao fim do ano de 2006, quando me mudei para cá, onde pela primeira vez percebi que algo de novo estava acontecendo. E ainda me lembro como me senti hesitante na primeira manhã em que me dirigi à nova escola. Seria capaz de suporta aquilo? A simples mudança de uma instituição para outra, como qualquer circunstância da vida, tinha seus componentes de medo. Em se tratando de uma reforma drástica, o receio, naturalmente, é mais penetrante e mais duradouro. Nunca estamos realmente preparados para aquilo que é totalmente novo. Temos que modificar-nos, e qualquer modificação radical significa uma crise na nossa auto-estima; passamos por um exame, temos que provar algo a nós mesmos.
O fato de nunca estarmos preparados e aptos para aquilo que é novo têm resultados curiosos, a saber: uma sociedade passando por uma reforma drástica é uma sociedade de desordenados, e os desordenados vivem e respiram numa atmosfera de paixão. Existe uma intrínseca relação entre a falta de confiança e o estado de espírito apaixonado e a intensidade pode servir de substituo para a confiança.
Essa relação é notória em todos os campos da vida. Um trabalhador confiante na sua capacidade é despreocupado quanto ao seu emprego e produz muito, embora trabalhe com se estivesse brincando.  Por outro lado, o trabalhador novo no seu ramo efetua um ataque ao trabalho como se estivesse salvando o mundo, e precisa comporta-se assim se quiser realizar alguma coisa.
Como já foi dito, uma sociedade sujeita a reforma drástica é uma sociedade de desajustados – instabilizados, impetuosos e famintos de ação. Dizem que a ação é a forma mais óbvia de obter a confiança e provar o amor/valor próprio, e é também uma reação contra a perda de equilíbrio. Sendo assim, a reforma drástica é um dos fatores que desprende as energias do homem, mas certas situações devem estar presentes para que o choque de mudança transforme as pessoas em efetivos homens de ação: deve existir uma abundância de oportunidades, e deve haver uma tradição de auto-suficiência. Existindo essas condições, um povo exposto a reforma drástica imergirá numa orgia de ação.


Os milhões de imigrantes “atirados” em nossas cidades antes e depois da 2° Guerra Mundial sofreram uma mudança tremenda, que se constituiu numa experiência lastimosa e irritante. Não apenas foram “transferidos”, da noite para o dia, para um país totalmente estranho, mas foram, em sua grande maioria, arrancados à morna existência conjunta de uma pequena urbe ou aldeia em algum lugar da Europa e expostos ao calor e desanimador  isolamento de uma existência individual. Eram desajustados em todos os sentidos da palavra, situação ideal para uma explosão revolucionária.
Mas tiveram à sua disposição um vasto continente e fabulosas oportunidades de progresso individual. E assim, esses imigrantes de cidadezinhas européias estagnadas imergiram numa louca corrida de ação;
Sintetizando: quando uma sociedade submetida à reforma drástica não tem ocasiões abundantes para a ação e crescimento individual, cria-se nela a fome de fé, orgulho, e unidade. Torna-se receptiva a toda e qualquer forma de partidarismo e fica aflita pro jogar-se a empreendimentos coletivos que visam “mostrar o mundo”. Em outras palavras, a mudança drástica, sob certas condições, cria uma inclinação para atitudes fanáticas e para manifestações de escárnio e desafio; cria uma atmosfera de revolução.

Esse foi o último post do ano. Ano que vem tem mais de mim aqui para vocês.

domingo, 28 de novembro de 2010

Poema para Belém

Ontem, resolvi curti mais um pouco minha cidade. Fui para o Forte do Castelo e lá fiquei por algumas horas, até que veio a chuva e me expulsou de volta para casa. Enquanto eu estive por lá, pude contemplar toda aquela maravilhosa Baía do Guajará, com sua leve brisa e com os barquinhos pôpôpô passando à beira do cais. Foram momentos únicos e bastante instigantes que me levaram a criar este poema.



Belém dos Mercados
Do Ver-o-peso e de São Braz
Belém dos Bosques
Rodrigues Alves e Emílio Goeldi
Belém dos Teatros
Da Paz e Waldemar Henrique
Belém das Comidas Típicas
 Do Tacacá ao Vatapá

Belém

Belém da Baía do Guajará
e do Rio Guamá
Belém das Ilhas
Das Onças, Cotijuba e Combú
Belém das Praias
Do Chapéu Virado e Maraú


 Belém das Praças
Da república, Batista Campos e Brasil
Belém do Azul Anil

Grandisosa Belém do Pará
Quero-te Grande e Fecunda

Belém
Da Amazônia Princesa Louçã.