Alguns dados:
Como muitos de vocês sabem, o Brasil não é um país de leitores. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro, em maio de 2008 (não sei se já há uma nova pesquisa), chegou-se a um resultado nada agradável: cerca de 77 milhões de pessoas afirmam não gostar de ler, ou seja, 45% da população brasileira.
Em um estudo da UNESCO referente ao hábito da leitura em 52 países, o Brasil ocupa 47° posição. Mesmo que a média de livros que os brasileiros leem tenha crescida de 1,8 para 4 livros por ano, o ranking é um sinal para que haja mais atenção e empenho em relação à educação. Em nações desenvolvidas, uma só pessoa lê em média 10 livros.
Acredito que as principais razões para os não habituados à leitura são: lêem muito devagar; não tem paciência pra ler; não compreendem o que lêem; não conseguem se concentrar pra ler, logo isso os afastam desta prática. Cheguei a estas razões a partir de algumas experiências que tive e por se reflexo do convívio social onde passo boa parte do meu tempo.
Se eu perguntar para algumas pessoas o que elas preferem fazer em seu tempo livre, certamente elas dirão que optam por assistir televisão. Dirão-me também que preferem escutar uma música, uma rádio ou dormir.
Não estou atacando suas preferências. Não estou querendo "pagar uma de intelectual" ou de "teórico social", como fui intitulado numa desas comunidades do orkut da vida, até porque nada sei e nada sou, apenas acredito que, pegando um livro para ler, elas estariam aproveitando o tempo que ficam em ociosidade. A PROVÁVEL SOLUÇÃO -> Se queremos uma sociedade pensante, crítica e longe das amarras do conhecimento impositivo, a melhor maneira está aí. Mas antes de pegar um livro pra ler, tenha em mente uma coisa: a leitura do mundo precede a leitura da palavra - Paulo Freire.
Como assim, Jeferson? Explico. Leitura de mundo é tudo aquilo que possui significado para nós. São os olhares, os cheiros, os toques, os gostos, os saberes que temos e acumulamos na nossa vivência diária e a leitura da palavra só terá significado e significância se ela estiver intrisicamente apreendida com a leitura de mundo do educando e socializada com o coletivo, para que vivenciada as diferenças, aconteçam as internalizações e acomodação da aprendizagem, propriamente dita.
Pensei em rechear este post com dados, números e afins, mas tive quase certeza que muitos leitores não chegariam a este PONTO, por isso já me vú..
Abraços..