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segunda-feira, 28 de março de 2011

Fui no Ver-o-Peso e o que eu vi .. ..



Para os mal informados moradores de Belém, o maior símbolo da nossa cidade acaba de completar nada mais, nada menos que 384 anos de histórias. 384 anos que se confunde ao surgimento da própria cidade que tem 395.

Quando vi nos noticiários que a Prefeitura, juntamente com IPHAN, tem um projeto para a revitalização de todo aquele complexo, fiquei super feliz e quis ir lá prestigiar o evento à data comemorativa. Nem tudo saiu como eu queria! Me planejei durante a noite anterior, mas acabei acordando um pouco tarde e não cheguei a tempo de presenciar as Olimpíadas dos Feirantes (assim intitulada por eles), onde umas das modalidades esportivas era quem descascava uma mandioca mais rápido. Coisas parauaras mesmo! rs

Cheguei lá debaixo de uma chuvinha incoveniente e apressado para não perder nada, contudo percebi que boa parte da programação já tinha acabada, estando lá só um trio-elétrico com alguns figurões de nossa política (não sou baú e darei nome aos bois: governador Simão Jetene e senador Flexa Ribeiro, ambos do PSDB, entre outros que não recordo seus nomes), discursando e falando da importância cultural do Veropa e blá blá blá - os mesmos discursos de anos anteriores.

Para quem realmente sabe da importância do lugar, enxergar o Ver-o-Peso na situação em que se encontra hoje é de partir o coração. Estou sempre indo lá e sempre volto com um novo olhar, uma nova visão do ambiente que é a cara do povo paraense. 

Como boa parte dos pontos turísticos de Belém, o Ver-o-Peso padece de uma atenção diferenciada por parte dos poderes constituídos e da população em geral. Sempre o visito de peito aberto, deixando de lado os problemas existentes, seja no que concerne a grande quantidade de lixo espalhado pelo chão, seja pela falta de educação de algumas pessoas que frequentam e trabalham no local, MAS ontem eu senti vergonha de tudo o que eu vi. Apesar das críticas, devo dizer que fui de coração aberto para o novo, só não posso fechar os olhos para a realidade. Triste realidade!

Mesmo com a promessa de reestruturação do nosso Mercado, algumas melhorias não dependem exclusivamente de nossos governantes: a educação, por exemplo, que vem de casa é uma delas. Não se pode exigir um espaço público limpo e saudável   quando, no seu convívio particular, não se tem um pingo de consciência quanto a necessidade de manter um lugar limpo, livre de todo e qualquer tipo de imundície.

Outra coisa que percebi e que me deixou um tanto encabulado: não notei a presença de NENHUM veículo de comunicação, cobrindo os festejos. A "presença marcante" era só de alguns blogueiros que tiravam fotos com intuito de registrá-las em seus sítios virtuais.

Outra coisa que percebi e que me deixou pê da vida: havia um repórter/apresentador de um programa esdrúxulo (esses programetes comprados a "preço de banana" e com "alta qualidade" em seus conteúdos) achando graça de duas pessoas com deficiência mental. O que ele fez? Digo agora! Após entrevistar os figurões da nossa política, o tal profissional começou a incentivar um disputa de quem sujava a cara do outro com pedaços de bolo. Já não bastasse a condição idiotizada delas (sem preconceitos - assim são chamadas as pessoas com tais problemas), o repórter ainda teve a ousadia de gravar e debochar escancaradamente daquela situação. Pra ficar claro o que quero dizer, ele se valeu daquelas gracinhas do tipo "Vesgo & Silvio", onde eles expõem as pessoas ao ridículo, para argumentar que "assim são as pessoas do Ver-o-Peso".

Mentira! 

O que era pra ser algo festivo, acabou não sendo. Foi manchado por situações vergonhosas e que quero esquecer.

Uma observação: lembrei que o prefeito Duciomar Costa, representado pelo vereador Nadir Neves, foi homenageado com a Comenda "Amigo do Ver-o-Peso".
É pra rir ou pra chorar? 
Estão de brincadeira. Só pode ser!

Volto depois.
FUUUUUUUUUI.
@blogdojeco

2 comentários:

  1. Adorei. é meu amigo o problema é esse o povo quer melhorias mas não faz por onde! Abraços!

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  2. Adoro ir ao Ver-o-peso, mas a situação de abandono me deixa triste também. Gostei muito do seu registro: passa a indignação de quem sabe que o espaço pode (e deve!) ser preservado. Concordo plenamente com o que você disse com relação à educação, pois não basta exigirmos a conservação se não fizermos por onde para manter o Mercado. A maior feira livre da América Latina merece que, quem sabe, seus 385 anos sejam comemorados de forma digna.

    Abraços!

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