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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os fatos e a imprensa


Em outro post, falei da hipocrisia que estava se criando em torno da morte do filho de Cissa Guimarães, atriz da Rede Globo, e da parcialidade com que as emissoras se atinham as fatos.

Há poucos dias, no Rio de Janeiro, um garotinho morreu vitimado por uma bala perdida que atingiu seu peito. Não seria nenhum ineditismo, já que isso está virando algo banal, caso esse infortúnio não tivesse ocorrido dentro de um ambiente escolar.

Foto: Severino Silva/O Dia
Como Wesley Gilbert Rodrigues de Andrade não é e/ou era nenhuma celebridade, a mídia cobriu o ocorrido por um ou dois e deu prosseguimento a sua política jornalística: às vezes estranha, ora  suspeita. Um fato como esse não merecia ser noticiado por mais dias, ser discutido um pouco mais? Fazendo uma analogia aos livros cuja publicação, leitura e venda eram interditados aos católicos, acredito que os grandes grupos de comunicação têm colocado assuntos como esse em seus índex.

Já que somos nós que damos audiência a esses canais,  por qual motivo não nos manifestamos contra esse modelo, o dito "fazer jornalismo"? Não falo em boicotar, até porque sei que isso não partiria de milhões de brasileiros acomodados, mas podemos propor coisas novas (a cargo de cada um), criticar quando é oportuno, desligar a tevê quando é necessário - quase sempre.

A morte desse garoto é tão séria, que a Secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro  estuda a construção de um muro de proteção, onde ele poderia cercar toda a escola. Faço a seguinte pergunta aos amigos: se chegamos a este ponto, não cabe a imprensa fomentar essa discussão?


Tão Brasil!
Se os brasileiros possuem a memória curta, como dizem por aí, eu não me incluo nisso e não deixarei que a morte desse garotinho caia no esquecimento - ao menos no meu.

16 comentários:

  1. Todos nós aspiramos, à felicidade e, quando ela surge, poucos sabem compreendê-la.

    Em nossa defeituosa mentalidade, julgamos sempre muito pouco aquilo que já temos e, nessa insatisfação permanente, desprezamos a maior beleza da vida que é justamente saber contentar-se com aquilo que se possui.

    O grande mal da humanidade é julgar-se injustiçada, frustada em suas aspirações; cada um de nós presume-se o mais digno do bem-estar, o mais indicado para as facilidades e as compreensões do mundo.

    Exigimos sempre o melhor e o mais belo que, em nossa insensatez, é tudo aquilo que não poderá pertencer-nos.

    Podemos ser amados, ricos, poderosos e saudáveis, porque sempre estaremos insatisfeitos, desejando mais alguma coisa.

    Neste vasto mundo, existem tantas criaturas que sofrem e choram tanto ou mais do que nós e, como nós, desejam igualmente encontrar-se e completar-se.

    Homens e mulheres no anseio de possuírem a felicidade, aniquilam toda a sua beleza porque sonham demais, idealizam quimeras, exigem absurdos, vibram apenas às emoções materiais.

    Nós somos tão imperfeitos, que dificilmente encaramos com alegria a felicidade de outrem. Julgamos sempre que essa felicidade deveria ser para nós, que somos os melhores e os mais dignos seres da criação.

    Pobre humanidade que procura o amor, a compreensão, o bem-estar e a alegria, dentro da indiferença, do egoísmo, da ociosidade e da inveja.

    Nós sabemos apenas julgar os defeitos alheios, vibramos somente com os apelos da vaidade, da lisonja e do orgulho! No entanto, se pensássemos um pouco, se olhássemos para dentro de nós, veríamos que temos o máximo para o mínimo que merecemos!

    Aquele que se julga infeliz é porque, em seu egoísmo, esquece a infelicidade dos outros; é porque alimentou dentro de si próprio esse monstro terrível da insatisfação; é porque, em sua triste incompreensão, deseja apenas aquilo que não lhe pertence.

    É preciso encontrar a coragem necessária para analisarmos friamente nossas possibilidades, para compreendermos que todos os bens do mundo, os mais fabulosos tesouros da terra, seriam insuficientes para aqueles que, na insatisfação de si mesmos, não se contentam jamais!

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  2. A imprensa sempre foi parcial. Fato!
    Vendem o que dá audiência... E não os acontecimentos cotidianos...
    Nunca esqueço que certo site de notícias tinha um destaque enorme sobre o que iria acontecer na novela e uma nota simples sobre um acidente de avião que deixou várias vítimas...
    :P

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  3. é colega conhecemos o mal quando ele bate na nossa porta ae alguns de nós prestam atenção. Quando a vida ta boa nem ligamos para os outros. Creio eu que para ser feliz não necessitamos de ser omisso a crueldade dos outros, pois omissão tambem é crime, incluo eu tambem. Os pais poem filhos no mundo nem educam, nem ensinam a respeitar as pessoas e ter responsabilidade com a vida das outras esseas pessoas que são o lixo da humanidade nascem só para aumentar as filas o congestionamento e atrapalhar a vida das outras pessoas, e a imprensa ela sempre foi parcial e sempre será em tudo isto nem vou comentar.

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  4. Concordo com o seu ponto de vista. Mortes injustas ocorrem à todo momento, mas a de famosos ganham destaque como Notícia... é por isso que não assisto aos Jornais.

    http://www.alemdofisico.blogspot.com/

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  5. sempre muito boa sua matérias

    www.mundoirado.com

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  6. Adorei essa matéria e faz muito bem para cada um de nós pensar em tudo isso e na impunidade de tudo. Cito o caso do Goleiro bruno, que até hoje está na mídia. Se fosse a mulher do padeiro da esquina, ninguém mais comentaria nada. Porém a fama faz com que o caso repercuta muito mais. É, é Brasil!

    Ótimo texto e blog!
    Parabéns.

    www.meuceuparticular.blogspot.com

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  7. A imprensa oriunda de qualquer meio sempre foi e sempre será parcial, afinal quem as produz são pessoas como nós, com interesses como nós. O fato é que o jornalismo televisivo em especial, tal como tantos outros serviços dessa rede tem além de uma ideologia, um objetivo muito maior... lucrar! Quem gosta de ligar a tv e ficar assistindo matérias de morte por bala perdido todo santo dia, que é o que vem acontecendo? Eu mesmo lhe respondo, quase ninguém. É melhor ver a repercussão do caso de um goleiro de futebol famoso e do filho de uma atriz conhecida ou a história de um zé ninguém? Viva ao Brasil!

    Ótima matéria, diga-se de passagem.

    www.catarseonline.blogspot.com

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  8. Concordo, a imprensa da ênfase por meses a casos aparentemente esclarecidos como é o caso do Rafael, os culpados já se entregara e ainda sim continuam falando, tudo isso porque era filho da Cissa.
    Milhares de pessoas 'normais' morrem todos os dias e nem ao menos dão-se ao trabalho de divulgar tamanha violência.
    O brasil precisa melhorar em muita coisa, começando por essa politica pão-e-circo que muitos aceitam.

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  9. Bem, infelizmente isso acontece não só no BRasil, mas é um retrato do mundo atual! é viver, ter fé e acreditar... "seja a mudança que vc quer ver no mundo".

    Da uma força www.thimports.blogspot.com

    abraço e sucesso

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  10. muito bom o post, infelizmente aqui só ganha notoridade morte de pessoas ligadas a famosos ou de gente ligada ao poder o resto é simplesmente mais um númeor na estatistica

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  11. É realmente uma vergonha, se preocupam apenas com as pessoas que tem alguma fama, como se as que morrem todos os dias não valessem nada !!!

    http://dupladameianoite.blogspot.com/

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  12. Novamente um Post excelente Jefferson...Parabéns...

    Quanto ao conteúdo...bem, muito já foi explanado, sobrando muito pouco para ser discutido...O que nos resta é parar, refletir e de alguma forma tentar se abster de certas situações que só favorecem a continuação deste circo de horror!!!

    Meu Brasil...so Deus pode te concertar...

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  13. Eu estudei um semestre de Jornalismo e lá eles me ensinaram a manipular informações. Lá eles ensinam a lucrar com as notícias. O jornalismo de hoje é superficial. Vivemos intensamente a Industrial Cultural. Eu criei um termo chamado Jornalismo Industrial para nomear o jornalismo de hoje.

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  14. Gostei muito do tesxto,parabéns muito inteligente, seu blog é muito bem estruturado e o layout é realmente bom, continue escrevendo, continuarei lndo e comentando, quando quiser e puder passa lá no meu.

    www.this---isme.blogspot.com
    (...) Descobri que se não podemos arrancar uma página da vida, podemos jogarㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤo livro inteiro no fogo.

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  15. Entendo seu ponto de vista. Mas qualquer caso que envolva uma pessoa famosa naturalmente repertcutirá mais. Vide o caso Bruno. Abraços e sucesso com o blog!

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  16. Difícil esquecer um caso com esse do garotinho baleado na sala de aula, no Rio de Janeiro. Deplorável como os meios de comunicação em massa conseguem manipular seus espectadores sem o mínimo de ética e com tamanho sensacionalismo. Quantos casos como este terão ainda que ocorrer para que façamos alguma coisa? E quantos ainda ficaram esquecidos?

    Quanto ao filho da Cissa, tirando a parte de toda a especulação e toda a mídia fazendo a cobertura do caso sob a ótica asquerosa do capitalismo, o que fica claro é que a violência está em todos os lugares, seja lá filho de quem vc for, seja lá a idade que vc tenha ou o lugar que vc estiver (até mesmo dentro da sala de aula).

    Parabéns pelo texto, ótima reflexão!

    Parabéns também pelo blog como um todo, muito sucesso pra vc!

    abçss

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